segunda-feira, 9 de julho de 2012


Ao trabalho


 


 


 

Ele estava muito preocupado com a revelação das novidades do mundo


 

Mesmo que sem maldade acabasse deixando de lado um outro todo


 

Adiante na lagoa enuncia o dia que espera


 

Na verdade nada se exime


 

Dia de ir embora parece que dá uma vontade de rir


 

Pega essa tua história


 

de relance


 


 


 

Para alimento vou deixar a boca


 

Para o pensamento vou deixar o céu da sua boca seu alimento estudantil


 


 


 

Aliás, aliás, aliás grita o cara da passagem e grita longe como uma espécie de pão


 

Grita como se esse grito não pudesse não adoecesse  e nem virasse mais uma oferta


 

Grita que esse grito não pudesse não adoecesse  e nem virasse mais uma oferta


 

Há de quem se encoraje a ponto de ser a si mesmo leal em suas idiossincrasias de anteontem


 

Há mais remotamente ainda um camundongo no passado entrevista


 

Mas de nada que existe adoçar o pão


 

Catuaba, versinho, miudeza e o sermão de anteontem


 

Leveza, o  vento manso diagnosticando uma encosta


 


 


 

Acabamos de ver na TV


 

Acabamos de ver na TV


 

Vítimas de ataques ao erário perseguidas em bom tom


 

Casamatas e outras palavras que eu não sei o significado e nem lembro onde ouvi pela primeira vez


 


 


 

O Romantismo atrai mais gente para a leitura de ficção


 

O Realismo desficciona para os leitores então e acontece a relação mundial


 

Pode ser que visual, pela linguagem, nada no bolso ou nas mãos


 

Acontece que piso em superfície lisa que é a parede é o teto mas não é o chão.


 


 


 

Rafael Caminhante

segunda-feira, 2 de julho de 2012

O descaso com o artista popular

             Precisamos de mais incentivo para a produção artística popular. Esse assunto sempre aparece no momento em que nós estamos, por exemplo, conversando sobre arte, cultura ou assistindo uma apresentação ao vivo. O dinheiro destinado para cultura não chega a beneficiar a grande maioria dos artistas populares que conheço e se você está lendo isso provavelmente deve ser um de nós.

                A gente rala muito, estuda, trabalha e se vira...

                O ser humano não é somente uma máquina que produz mais-valia. Temos a necessidade de nos expressar, de expor todas as nossas vivências e idiossincrasias à prova. Todas as informações que recebemos do ambiente são processadas individualmente e não há maneira mais saudável de instigar o desenvolvimento de uma cultura do que incentivar a expressão artística.

                Cultura no sentido de produção de emprego e renda também. Algo que se chama de Economia da Cultura. Dando um exemplo bem simples, quando começamos a plantar, há milhares de anos, também eram desenvolvidos ritos para comemorar a fartura. As pessoas que produziam determinado tipo de alimento também produziam determinado tipo de som, e à medida que o som foi se misturando, acredito que a economia da cultura também enriquecia em termos de possibilidades.

                Isso demonstra que a cultura popular funciona como uma engrenagem, onde o artista come a comida e canta a comida que comeu; o homem que come a comida ouve a música e aprende. O bicho come o cantor, o homem come o bicho e canta a comida que o artista comeu e foi comido pelo bicho que aquele comeu e agora canta a mesma música.